Ciclo de Exposições e Conversas à Volta da Mesa
Apresentado por António Cerveira Pinto
Quase uma década e meia dentro do século 21, e trinta anos depois de ter organizado a exposição e os eventos de Depois do Modernismo (Lisboa, 1983), com Luís Serpa, Michel-Toussaint Alves Pereira, Ricardo Pais, Ribeiro da Fonte e tantos outros, a minha reflexão tem rondado a pergunta que então se fez: “Acabaram ou não as dicotomias felizes?”. “Acabou ou não o moderno e o modernismo?”. É evidente que acabaram! E acabou também o tempo passageiro e superficial do pós-modernismo. Hoje, vivemos já aquilo que, lembrando Lyotard, diria ser uma condição pós-contemporânea. Com sorte, será o princípio de um novo renascimento, cujos contornos, porém, são ainda ténues. Para desenvolver alguma fenomenologia em volta desta intuição, resolvi iniciar um ciclo de exposições, textos e debates sobre esta suposta condição pós-contemporânea, através de alguns artistas e obras que melhor poderão ajudar-me a perceber o que se passa. Miguel Palma é naturalmente a escolha certa para iniciar esta “investigação”.
[António Cerveira Pinto, Setembro 2013]
Exhibition Cicle and Talks Around the Table
Presented by António Cerveira Pinto
Almost a decade and a half into the 21st century, and thirty years after I organized the After Modernism (Lisbon, 1983) exhibition and events, with Luís Serpa, Michel Toussaint Alves-Pereira, Ricardo Pais, Ribeiro da Fonte and many others, my reflection became about the questions: “Are the happy dichotomies ended or not?”, and “Is modern and modernism over or not?”. It is clearly over! And also the ephemeral time and superficial post-modernism! Today we live in what we would call, remembering Lyotard, a post-modern condition. With luck, it will be the beginning of a new renaissance, whose outlines, however, are still tenuous. To develop some intuition phenomenology around this, I decided to start a series of exhibitions, publications and debates about this supposed post-modern condition, through some artists and works that may help us to understand what is happening. Miguel Palma is naturally the right choice to start this “research”.
[António Cerveira Pinto, Setembro 2013]
[António Cerveira Pinto, Setembro 2013]